sexta-feira, 24 de abril de 2009

CÃO-GUIA


O cão-guia é considerado um grande facilitador para o dia-a-dia dos deficientes visuais. No Brasil, são poucas as organizações que trabalham com projetos voltados à utilização do cão guia. O IRIS é uma delas.

A entidade estabelece parceria com a instituição norte americana Leader Dogs e pretende implantar em São Paulo uma escola de treinamento para cães guia. O que está faltando no momento é o apoio público e privado.

São apenas três centros de treinamento para cães: o Integra (Brasília), o Helen Keller (Florianópolis) e o Íris (São Paulo). Infelizmente não existem animais treinados suficientes para atender a demanda. Atualmente o Brasil tem cerca de 50 cães guia. Para se ter uma idéia, em São Paulo a lista de espera é de duas mil pessoas, enquanto que são atendidas apenas oito por ano, em média.

Deficiente visual desde pequena e presidente do IRIS, Thays Martinez ficou conhecida no ano de 2000 quando foi impedida de entrar na estação Marechal Deodoro do Metrô acompanhada do seu cão guia, Bóris. Após entrar com uma ação judicial contra o metrô, Thays fez a sua defesa e enquanto o processo tramitava, conseguiu a aprovação de duas outras leis, uma estadual 10.784 de 2001 e outra federal, a 11.126 de 2005, que garante o acesso de cães-guia em locais públicos.

Em 2008 a Lei 12.907 modificou a lei estadual, deixando claro que o acesso é permitido somente aos deficientes visuais conduzidos por cães guias. Via de regra, o transporte de animais no Metrô é proibido.

A percepção e inteligência dos animais surpreendem a todos. Thays conta que em uma das primeiras experiências com seu cão guia em Nova Iorque, saiu de casa e esqueceu de pegar o endereço da casa em que estava hospedada. Mesmo assim, o labrador lembrou-se do caminho na volta.

Para saber mais, o site do instituto: www.iris.org.br

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