quarta-feira, 29 de abril de 2009

Empresa desenvolve caneta para deficientes visuais

A caneta especial para deficientes visuais que pretende facilitar a escrita em braille por crianças e adultos. “É um produto útil, mas que ainda não existe no mercado”, explica a bióloga Aline Piccoli Otalara, coordenadora da TECE (Tecnologia e Ciência Educacional).
O equipamento pode substituir o uso da reglete, que é uma prancheta e uma régua, acompanhadas de um punção utilizado para a escrita do código braille na folha de papel. Os primeiros modelos chegaram ao Brasil na década de 40 e sofreram poucas modificações. “Precisamos melhorar o design da caneta e arrumar um parceiro para produção em escala industrial”, diz Aline.
Segundo ela, o produto será importante para a inserção social de crianças em idade escolar e de adultos que perderam a visão. Atualmente, o uso da reglete obriga que a escrita seja feita no sentido inverso, ou seja, da direita para a esquerda, e o código escrito ao contrário, como se estivesse em frente a um espelho. O equipamento desenvolvido oferece a possibilidade de escrever da esquerda para a direita e com o código da maneira correta, facilitando a leitura simultânea.Para desenvolver o modelo, a empresa fez pesquisas com profissionais e entidades especializadas no atendimento aos deficientes visuais.
Entre os principais consultores, destacam-se o ex-professor da Unesp Manuel Costa Carnahyba, doutor em Educação, e que possui deficiência visual desde os quatro anos de idade, e a professora Deisy Piedade Munhoz Lopes, do departamento de Física da Unesp.A intenção é que a resina e o acrílico utilizados na confecção dos protótipos sejam trocados por material de custo baixo e mais confortável aos deficientes visuais. “Nossa preocupação foi a de fazer um produto que atendesse perfeitamente às necessidades do usuário”, explica Aline. “Esperamos que o equipamento chegue ao mercado pela metade do preço de uma reglete tradicional”.
Rafael Nathan

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